Nesta segunda-feira (6), completa-se um mês da prisão de Ronaldinho e do irmão Assis no Paraguai. Flagrados com documentos falsos no país, os dois estão presos na Agrupación Especializada da Polícia Nacional, em Assunção, desde o dia 6 de março. Eles estão sendo investigados por lavagem de dinheiro. O esquema contaria com a participação da empresário Dalia López, que também é suspeita de praticar evasão fiscal e sonegação de impostos.
4 de março - flagrado com passaporte falso
Ronaldinho e o irmão foram flagrados na noite do dia 4 de março com passaportes falsos em uma suíte de hotel localizado em Assunção. A informação foi confirmada pelo Ministério Público do Paraguai. Os dois foram mantidos sob custódia da até o dia seguinte, quando prestaram depoimento à polícia.
5 de março - culpa do empresário
No dia 5 de março, Ronaldinho e Assis responsabilizaram um empresário pela confecção dos passaportes e carteiras de identidade falsos. Segundo o diretor de investigação da Polícia Nacional do Paraguai, Gilberto Fleitas, os dois foram convidados para se fazerem presentes na inauguração de um cassino em Assunção. O depoimento dos brasileiros durou cerca de sete horas.
5 de março - acusações entre autoridades paraguaias
A entrada de Ronaldinho e seu irmão Roberto de Assis Moreira com documentação falsa gerou uma crise institucional no Paraguai. No dia 5 de março, o ministro do Interior, Euclides Acevedo, utilizou o site oficial do Ministério para apontar que o erro foi da alfândega, no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Luque. Em entrevista, o diretor do departamento de migrações Alexis Penayo alegou que havia informado a irregularidade ao Ministério do Interior, mas recebeu ordem para permitir a entrada dos brasileiros.
6 de março - acusado de entregar passaportes culpa empresária
Wilmondes Sousa Lira, empresário que está preso no Paraguai sob acusação de ter entregue os passaportes falsos a Ronaldinho e seu Assis, depôs à Justiça no dia 6 de março. Segundo Enrique Kronawetter, seu advogado, a responsável pelos documentos adulterados é a empresária paraguaia Dalia López, que levou o ex-jogador ao país para uma série de eventos.
6 de março - pedido negado pela Justiça
Também no dia 6 de março, a justiça paraguaia não aceitou a posição do Ministério Público do Paraguai de não levar adiante uma investigação sobre Ronaldinho e Assis, que entraram no país com documentos de identificação falsos. Após mais de cinco horas de audiência com os brasileiros, foi determinado que o caso volte à Promotoria, que poderá manter ou rever sua decisão inicial sobre o caso.
6 de março - Ronaldinho e Assis são presos
A polícia prendeu preventivamente os brasileiros na noite do dia 6 de março, após ordem da Procuradoria Geral do Paraguai. Os dois passaram a noite em uma cela da Polícia Nacional, na capital paraguaia. A Justiça decidirá se revoga ou não o pedido de prisão.
7 de março - nova audiência
Ronaldinho Gaúcho e Assis chegaram algemados para a audiência na manhã de sábado (7) em Assunção, no Paraguai. Após passarem mais de cinco horas prestando depoimento à Justiça paraguaia na sexta-feira, os irmãos chegaram a ser liberados por terem entrado no país com passaportes falsos, mas a decisão foi revogada.
7 de março - prisão por tempo indeterminado
A juíza paraguaia Clara Ruíz Díaz decretou no dia 7 de março a prisão preventiva de Ronaldinho e do seu irmão Roberto de Assis Moreira. Eles continuarão enclausurados na Agrupácion Especializada da Polícia Nacional enquanto prosseguem as investigações.
9 de março - mais um recurso negado
A equipe de advogados de Ronaldinho e Assis, liderada pelo advogado Sérgio Queiroz, entrou com recurso na justiça paraguaia no dia 9 de março. O pedido foi pela anulação do decreto de prisão preventiva por até seis meses para os brasileiros. A Justiça paraguaia, no entanto, não mudou de ideia. A decisão foi tomada pelo juiz Gustavo Amarrilla, em audiência realizada no Palácio da Justiça.
12 de março - futsal na prisão
Após recusar disputar o campeonato interno do presídio, Ronaldinho aceitou bater uma bola com alguns detentos no dia 12 de março. A confirmação partiu da direção da Agrupación. Foram apenas alguns minutos na quadra, mas serviram para Ronaldinho se distrair um pouco.
14 de março - Judiciário paralisado
A pandemia do coronavírus também complica a situação Ronaldinho. Por conta da doença, as atividades do Poder Judiciário estão paralisadas. Entre as diversas medidas adotadas, estão a suspensão das atividades judiciais e administrativas, além do adiamento dos prazos processuais, administrativos e de registros.
17 de março - empresária se nega a depor
A empresária Dalia López, acusada de produzir os documentos falsos que eram portados por Ronaldinho e seu irmão Assis no Paraguai, pediu o adiamento de sua audiência no Palácio da Justiça, em Assunção. A justificativa apresentada por ela é o temor pela pandemia de coronavírus. O depoimento estava marcado para o dia 18 de março.
21 de março - Ronaldinho faz aniversário
O ex-craque brasileiro completou 40 anos no dia 21 de março. Segundo a revista Veja, um churrasco seria preparado dentro da penitenciária, mas o evento precisou ser cancelado por conta da pandemia de coronavírus. Ainda de acordo com a revista, apenas os advogados tiveram acesso a R10 na data.
29 de março - futevolei na prisão
No final de março, vazou nas redes sociais um vídeo de Ronaldinho participando de uma partida de futevolei com outros detentos. Ronaldinho não chega a sorrir em nenhum momento durante o vídeo de pouco mais de um minuto. Mesmo quando sua dupla ganha o ponto, ele mantém o semblante sério.